sábado, 19 de dezembro de 2015

Não somos separados uns dos outros, nem de Deus


LIÇÃO 353

Meus olhos, minha língua, minhas mãos, meus pés têm
Uma única finalidade hoje: serem oferecidos a Cristo
Para serem usados para abençoar o mundo com milagres.

1. Pai, hoje dou tudo o que é meu a Cristo, para ser usado de qualquer maneira que sirva melhor ao objetivo que compartilho com Ele. Nada é só meu, pois Ele e eu temos um objetivo comum. Assim, o aprendizado quase chega ao fim estabelecido para ele. Trabalho com Ele mais um instante para atender a Seu objetivo. Em seguida me abandono em minha Identidade e reconheço que Cristo não é senão o meu Ser.

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 353

A ideia para as práticas de hoje está relacionada àquilo a que chamamos de amor, sem saber bem do que falamos, quando pensamos nisso. E também está relacionada àquilo a que o ensinamento chama de entrega, o que se pode considerar a única forma verdadeira de amor. Isto é, o entregar-se à vida, ao si-mesmo, ao outro, que é extensão e complemento do si-mesmo, ao Ser, ao Espírito Santo, a Deus, é que é viver, de fato, na prática, o que sabemos e falamos do amor na teoria. É só a partir dessa consciência que podemos dizer, entregando-nos por inteiro:

Meu olhos, minha língua, minhas mãos, meus pés têm
Uma única finalidade hoje: serem oferecidos a Cristo
Para serem usados para abençoar o mundo com milagres.

Já pensaram quão diferente seria nossa vida se todos os dias, ao acordar para as práticas, pudéssemos dizer com todas as letras e realizar de todo o coração o propósito a que a ideia de hoje nos convida? 

Na verdade, como só nos movemos em Deus, mesmo não tendo consciência disso, nós nos movemos o tempo inteiro no amor, que é também o que somos em Deus, com Ele. Por isso é que tudo o que fazemos, e que fazemos a partir da sintonia com o Ser em nós, mesmo que não estejamos consciente de que o fazemos com o Ser, é no amor que fazemos. E precisamos ser gratos por isso o tempo inteiro. 

Neste tempo de celebração de que nos aproximamos, e que nos prepara para o renascer do Cristo em nós, no Natal simbólico da criança divina, nada melhor do que nos prepararmos, cheios da mais pura gratidão de que somos capazes, para dar tudo o que temos a Cristo, dizendo com a lição:

Pai, hoje dou tudo o que é meu a Cristo, para ser usado de qualquer maneira que sirva melhor ao objetivo que compartilho com Ele. Nada é só meu, pois Ele e eu temos um objetivo comum. Assim, o aprendizado quase chega ao fim estabelecido para ele. Trabalho com Ele mais um instante para atender a Seu objetivo. Em seguida me abandono em minha Identidade e reconheço que Cristo não é senão o meu Ser.

Muitas vezes não sabemos manifestar nossa gratidão. Achamos que um muito obrigado é pouco e, na falta de palavras melhores, mais grandiosas e eloquentes, acabamos por não dizer nada. Porém, quando agradecemos estamos emprestando nossa bênção ao mundo, à pessoa ou pessoas a quem agradecemos. Estamos, ao mesmo tempo, reconhecendo nossa ligação com o divino, aceitando esta ligação e contribuindo para que o mundo todo apague a crença na separação. 

E, quando pensamos em agradecer de forma sincera, reconhecendo que o outro apenas nos faz ver aspectos de nós mesmos que não conhecíamos antes, ou de que não tínhamos ciência, isto já é agradecimento. O gesto, quando feito de coração, é importante, mas não menos importante do que a intenção do gesto, pois, se, por alguma razão, qualquer que seja ela, o gesto não se concretiza, o universo registra a intenção e o que recebemos vem como resultado daquilo que demos, pois dar e receber são a mesma coisa, conforme já aprendemos. 

Na verdade, não estamos, não somos separados. Nunca estivemos nem fomos, nem nunca estaremos ou ficaremos. Nem uns dos outros e nem de Deus. As distâncias que "aparentemente" nos separam devem-se apenas a escolhas que fizemos - ou fazemos - e que são só ilusórias, uma vez que, como o Curso ensina, a comunicação se dá sempre entre as mentes, e não entre corpos. 

Às práticas? 

OBSERVAÇÃO:  Este comentário, inclusive seu título, repete o comentário feito a esta mesma lição no ano passado.


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