quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Eis aí, mais uma vez, revelada nossa Identidade real


14. O que sou?

1. Eu sou o Filho de Deus, perfeito e curado e inteiro, que brilha no reflexo de Seu Amor. Em mim, a criação d'Ele é santificada e tem a vida eterna assegurada. Em mim, o amor se completa, o medo é impossível e a alegria se estabelece sem oposição. Eu sou o lar sagrado do Próprio Deus. Eu sou o Céu onde o Amor d'Ele habita. Eu sou Sua Própria Inocência sagrada, pois em minha pureza habita a Própria Pureza de Deus.

2. Agora nossa necessidade de palavras está quase no fim. Porém, nos últimos dias deste ano, que oferecemos a Deus juntos, tu e eu, encontramos um propósito singular que compartilhamos. E, assim, tu te uniste a mim de modo que o que sou tu também és. As palavras não podem descrever a verdade do que somos. No entanto, podemos perceber claramente nossa função aqui e as palavras podem falar dela e, também, ensiná-la, se exemplificarmos as palavras em nós.

3. Nós somos os portadores da salvação. Aceitamos nosso papel de salvadores do mundo, que é redimido pelo nosso perdão conjunto. E, por isso, este perdão, nossa dádiva, nós é dado. Olhamos para todos como irmãos e percebemos todas as coisas como benignas e boas. Não buscamos uma função que esteja além do portão do Céu. O conhecimento voltará quando tivermos cumprido nosso papel. Nosso único interesse é dar boas vindas à verdade.

4. São nossos os olhos pelos quais a visão de Cristo vê um mundo redimido de todo pensamento de pecado. São nossos os ouvidos que ouvem a Voz por Deus declarar a inocência do mundo. São nossas as mentes que se unem quando abençoamos o mundo. E, da unidade que alcançamos, chamamos todos os nossos irmãos, pedindo-lhes que compartilhem nossa paz e tornem nossa alegria perfeita.

5. Nós somos os mensageiros santos de Deus que falam por Ele e que, ao levar Sua Palavra a todos aqueles que Ele nos envia, aprendem que ela está inscrita em nossos corações. E, deste modo, mudamos nossa forma de pensar a respeito do objetivo para o qual viemos e ao qual buscamos atender. Trazemos boas novas ao Filho de Deus, que pensava sofrer. Agora ele está livre. E, quando vir o portão do Céu aberto diante de si, ele entrará e desaparecerá no Coração de Deus.

*

LIÇÃO 351

Meu irmão inocente é meu guia para a paz.
Meu irmão pecador é meu guia para a dor.
E verei aquele que eu escolher ver.

1. Quem é meu irmão a não ser Teu Filho santo? E, se eu o vir como pecador, eu me declaro um pecador, não um Filho de Deus; só e sem amigos em um mundo assustador. Porém, esta percepção é uma escolha que faço e que posso abandonar. Eu também posso ver meu irmão inocente, como Teu Filho santo. E, com esta escolha, vejo minha inocência, meu Consolador e Amigo eterno a meu lado e meu caminho seguro e desimpedido. Escolhe por mim, então, meu Pai, por meio de Tua Voz. Pois só Ele oferece juízo em Teu Nome.

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 351

Repetindo: 

Chegamos hoje, mais uma vez, à última das instruções especiais para as práticas deste ano. A instrução: O que sou?, que vai dar unidade às lições e ideias que vamos aprender e praticar nestes próximos dez dias, antes das lições finais. Vamos explorá-la um pouco, junto com a lição. 

A instrução que o Curso traz serve para nos lembrar de que, para responder de forma correta e verdadeira à questão: O que sou?, precisamos ter consciência de que Eu Sou é o nome de Deus, a confirmação de que fomos criados à imagem e semelhança d'Ele. Então, precisamos dizer, como a instrução afirma, que: 

Eu sou o Filho de Deus, perfeito e curado e inteiro, que brilha no reflexo de Seu Amor. Em mim, a criação d'Ele é santificada e tem a vida eterna assegurada. Em mim, o amor se completa, o medo é impossível e a alegria se estabelece sem oposição. Eu sou o lar sagrado do Próprio Deus. Eu sou o Céu onde o Amor d'Ele habita. Eu sou Sua Própria Inocência sagrada, pois em minha pureza habita a Própria Pureza de Deus.

Eis aí, pois, nossa identidade mais uma vez revelada. A verdadeira. A real. Aquela que, em geral, não podemos ver porque imersos na ilusão dos sentidos e das formas do mundo. 

E a instrução diz mais acerca do momento a que chegamos no aprendizado com as lições:

Agora nossa necessidade de palavras está quase no fim. Porém, nos últimos dias deste ano, que oferecemos a Deus juntos, tu e eu, encontramos um propósito singular que compartilhamos. E, assim, tu te uniste a mim de modo que o que sou tu também és. As palavras não podem descrever a verdade do que somos. No entanto, podemos perceber claramente nossa função aqui e as palavras podem falar dela e, também, ensiná-la, se exemplificarmos as palavras em nós. 

Então, resta-nos aprender a calar e a fazer silêncio, mergulhar no silêncio, deixando que ele nos envolva por inteiro, para experimentarmos o contato com aquilo que somos, além de quaisquer palavras. Só assim vamos poder ouvir a Voz por Deus em nós dizer que:

Nós somos os portadores da salvação. Aceitamos nosso papel de salvadores do mundo, que é redimido pelo nosso perdão conjunto. E, por isso, este perdão, nossa dádiva, nós é dado. Olhamos para todos como irmãos e percebemos todas as coisas como benignas e boas. Não buscamos uma função que esteja além do portão do Céu. O conhecimento voltará quando tivermos cumprido nosso papel. Nosso único interesse é dar boas vindas à verdade. 

Do mesmo modo que praticamos há dois dias deixar que a nossa visão fosse transformada, transcendida, pela visão de Cristo, que pode ver todas as coisas sem julgá-las, é desta visão que temos de nos valer para permitir que o mundo seja redimido. Como a instrução diz: 

São nossos os olhos pelos quais a visão de Cristo vê um mundo redimido de todo pensamento de pecado. São nossos os ouvidos que ouvem a Voz por Deus declarar a inocência do mundo. São nossas as mentes que se unem quando abençoamos o mundo. E, da unidade que alcançamos, chamamos todos os nossos irmãos, pedindo-lhes que compartilhem nossa paz e tornem nossa alegria perfeita. 

É ainda esta instrução que assegura que aquilo que sou é mais do que apenas um Ser que se manifesta em um corpo. O que sou, na verdade, não pode ser sozinho, apenas pode ser na Unidade que abrange a tudo e a todas as formas de vida em um abraço amoroso que é o abraço do Próprio Deus. 

É por isso que a instrução diz:

Nós somos os mensageiros santos de Deus que falam por Ele e que, ao levar Sua Palavra a todos aqueles que Ele nos envia, aprendem que ela está inscrita em nossos corações. E, deste modo, mudamos nossa forma de pensar a respeito do objetivo para o qual viemos e ao qual buscamos atender. Trazemos boas novas ao Filho de Deus, que pensava sofrer. Agora ele está livre. E, quando vir o portão do Céu aberto diante de si, ele entrará e desaparecerá no Coração de Deus. 

Nós, e não eu. Mas um nós que é o que sou, quando aberto a todas as manifestações da vida em sua diversidade. Pois enquanto este eu-nós não se reconhecer como o Filho de Deus, reconhecendo também o Filho em cada uma das pessoas que povoam o mundo, ele ainda está se acreditando separado. Tal qual diz a ideia para as práticas de hoje:

Meu irmão sem pecado é meu guia para a paz.
Meu irmão pecador é meu guia para a dor.
E verei aquele que eu escolher ver.

Não lhes parece que isso deixa absolutamente claro que viver a alegria, a paz, o amor e a felicidade depende apenas de uma escolha que só nós - cada um de nós - pode fazer? Pois como a lição pergunta:

Quem é meu irmão a não ser Teu Filho santo? E, se eu o vir como pecador, eu me declaro um pecador, não um Filho de Deus; só e sem amigos em um mundo assustador. Porém, esta percepção é uma escolha que faço e que posso abandonar. Eu também posso ver meu irmão inocente, como Teu Filho santo. E, com esta escolha, vejo minha inocência, meu Consolador e Amigo eterno a meu lado e meu caminho seguro e desimpedido. Escolhe por mim, então, meu Pai, por meio de Tua Voz. Pois só Ele oferece juízo em Teu Nome.

É disso que as práticas tratam: de chamar nossa atenção para o fato de que cada um de nós escolhe de que forma quer ver o mundo. E, por consequência, tudo o que ele vive e experimenta está diretamente ligado àquilo que ele escolheu, escolhe ou vai ainda escolher. Ao mesmo tempo, as práticas servem para nos lembrar de que podemos mudar nossas escolhas sempre que elas nos afastem da alegria, da condição natural do Ser que somos, na verdade, para nos mergulhar em um mundo de trevas e escuridão assustadores. 

Às práticas?

Um comentário:

  1. Aos que estiveram conosco na última terça-feira, para a Meditação de Natal e o encerramento dos encontros deste ano de 2015, gostaria de lembrar que, como dissemos, está aqui também, nesta lição, tudo aquilo que precisamos aprender a nosso próprio respeito, para entender e aceitar aquilo que somos verdadeiramente e para permitir que todos, absolutamente todos, os que fazem parte de nosso mundo - o mundo particular de cada um - têm de ser vistos como partes de cada um de nós.

    Aí, entra o que dizia a leitura que fizemos, não podemos julgar indigna nenhuma das nossas partes, sob pena de nos tornarmos indignos, nós mesmos, daquilo que acreditamos ser.

    Não será possível para nenhum de nós alcançar a realização, ou a salvação, por assim dizer, ou ainda a iluminação, enquanto nos acreditarmos melhores ou piores, superiores ou inferiores a qualquer ser vivo.

    Tudo o que precisamos fazer, como o Curso ensina, é aprender que "eu não preciso fazer nada", precisamos apenas permitir que o mundo seja o que é em qualquer momento em que olharmos para ele. Não fazer nada, como já disse outras vezes, não é simplesmente deitar-se "em berço esplêndido" e esperar que tudo caia do céu. Não! Não fazer nada, a se entender o que o Curso quer dizer, é abandonar o julgamento de todas as coisas que vemos, de todas as pessoas que povoam nosso mundo, liberando-as para exercerem seu próprio papel, o papel que escolheram viver para nos completar, para que Deus esteja sempre completo.

    E como Ele pode ficar completo se excluímos alguém, quem quer que seja, do Reino?

    Então, para quem não pôde estar conosco, fica aqui a instrução para que leiam no decorrer dos próximos dias o texto "O Natal como o fim do sacrifício", no capítulo 15 do livro, à página 346.

    Paz e bem!

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