sábado, 24 de outubro de 2015

Só o caminho do perdão é que pode oferecer a visão


LIÇÃO 297

O perdão é a única dádiva que dou.

1. O perdão é a única dádiva que dou, porque ele é a única dádiva que quero. E tudo o que dou, dou a mim mesmo. Esta é a fórmula básica da salvação. E eu, que quero ser salvo, quero fazê-la minha, para que ela seja o modo como vivo em um mundo que precisa de salvação, e que será salvo quando eu aceitar a Expiação para mim mesmo.

2. Pai, quão seguros são Teus caminhos; quão seguro o resultado final deles, e quão confiantemente já está estabelecido cada passo de minha salvação, e realizado por Tua graça. Graças sejam dadas a Ti por Tuas dádiva eternas, e graças Te dou por minha Identidade.

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 297

A ideia que o Curso nos oferece para as práticas de hoje, como eu já disse antes, está relacionada de modo direto à mensagem central de Jesus, que chegou até nós, de sua passagem por este mundo: o perdão, a se dar crédito a tudo o que se disse e diz a respeito dele. 

As práticas com a ideia de hoje também estão intrinsecamente ligadas ao que foi central na vida e mensagem de São Francisco de Assis, o homem que, no seu próprio tempo, também foi capaz de viver em sua vida a mensagem ligada à mensagem central de Jesus, pelas informações que temos de historiadores e estudiosos da vida e da obra do santo.

Assim, aproveitemos para nos lembrar uma vez mais do comentário feito a esta lição em anos anteriores. Voltemo-nos para São Francisco e para o que ele diz em sua oração, conhecida mundialmente.  Pois, se ouvirmos, de fato, o que ele diz em sua oração, aliando suas palavras à ideia que praticamos hoje, vamos ser capazes de aprender que "é perdoando que se é perdoado", e que tudo o que precisamos fazer para obter aquilo que queremos obter é, em primeiro lugar, oferecê-lo.

Como eu já disse antes também, Leonardo Boff, em seu livro A Oração de São Francisco, começa sua mensagem a respeito da frase "É perdoando que se é perdoado" dizendo que: "Uma das dimensões mais surpreendentes e até escandalosas da mensagem de Jesus é o anúncio de que seu Deus é um Deus de amor incondicional e de irrestrita misericórdia. [Um Deus que] Oferece a todos o seu amor e o seu perdão, mesmo quando não [Se] depara com a contrapartida deste amor. [Um Deus que] Ama até 'os ingratos e maus' "(Lc 6, 35).

Há ainda na mesma oração mais uma referência ao perdão que diz "onde houver ofensa, que eu leve o perdão". Repetindo: para fazer isto, é preciso que estejamos dispostos a seguir a orientação do Curso e buscar um modo diferente de olhar para o mundo. Pois não há nenhuma dúvida de que para se "ver verdadeiramente" é preciso que se queira "verdadeiramente" ver. Ou não conhecemos o ditado: "o pior cego é o que não quer ver"? É para que aprendamos a querer ver que o Curso nos oferece estas práticas diárias.

Quando nos decidirmos, de fato, a olhar para o mundo de modo diferente, aprenderemos a eliminar a pouco e pouco o julgamento que fazemos daquilo que vemos. Esse é o caminho que vai nos oferecer a visão de um mundo perdoado.

E que tal lembrar da Oração de São Francisco mais uma vez?

Senhor,
Fazei-me um instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre,
Fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado,
Pois é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida eterna.

Às práticas?


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