sábado, 10 de outubro de 2015

Reafirmar o amor como nossa verdadeira identidade


LIÇÃO 283

Minha Identidade verdadeira permanece em Ti.

1. Pai, eu inventei uma imagem de mim mesmo e é a ela que chamo de Filho de Deus. Porém, a criação é como sempre foi, pois Tua criação é imutável. Que eu não adore ídolos. Eu sou aquele a quem meu Pai ama. Minha identidade continua a ser a luz do Céu e o Amor de Deus. Aquilo que Tu amas não está seguro? A luz do Céu não é infinita? Se Tu criaste tudo o que existe, Teu Filho não é minha Identidade verdadeira?

2. Agora somos um só na Identidade compartilhada com Deus, nosso Pai, como nossa única Fonte, e todas as coisas criadas como parte de nós. E, por isso, oferecemos bênçãos a todas as coisas, unindo-nos amorosamente ao mundo, que nosso perdão torna um conosco.

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 283

Depois nos termos comprometido [?], ontem, a buscar aprender a tornar real nossa capacidade de não temer o amor, filtrando tudo tudo o que vemos no mundo pela lente do amor, nada melhor do que falar do amor, da mesma forma que o fiz em anos anteriores, para estender e aprofundar a reflexão acerca da ideia que o Curso nos oferece para as práticas de hoje.

Reforçando o que eu dizia antes, importa, de verdade, reafirmar que o amor é nossa verdadeira identidade, como nos convida a fazer a lição de hoje. É ele o caminho que precisamos escolher se quisermos viver a vida eterna em todos os momentos de nossa vida.

Vou, então, repetir novamente a fala de Carol Gilligan,  no livro O Nascimento do Prazer, que já compartilhei antes com vocês. Diz ela: 

Talvez o amor seja como a chuva. Às vezes suave, às vezes torrencial, que inunda, desgosta, quieta e constante, que enche a terra e se acumula em fontes ocultas. Quando chove, quando amamos, surge mais vida. Logo, dizer, como disse Moisés ao descer do Sinai, que há duas vias, uma que leva à vida e outra, à morte, e portanto escolhamos a vida, isso quer dizer de fato: escolhamos o amor. Mas qual é o caminho?

Ora, como já disse acima, se escolhemos o amor, o próprio amor é o caminho. As dificuldades que podem se apresentar se referem apenas aos momentos em que, com certeza, em função de nos termos esquecido da decisão tomada [e também de ainda não termos tornado real a capacidade de não ter medo do amor], vamos, iludidos pelo falso eu [o ego], confundir o amor com outras coisas.

A fala de Gilligan, como eu já disse, me lembra de uma música de algum tempo atrás, intitulada Perhaps Love [Talvez Amor], escrita pelo cantor John Denver e interpretada em uma gravação antológica pelo próprio Denver e pelo tenor Plácido Domingo. A letra, em tradução livre, repetindo, diz mais ou menos o seguinte:

Talvez o amor seja como um lugar para se descansar, um abrigo para a tempestade. Ele existe para te dar conforto, para te manter aquecido. E, nos momentos de turbulências, quando te sentes muito só, a lembrança do amor te trará para casa. 

Talvez o amor seja como uma janela, talvez uma porta aberta, ele te convida a vir para mais perto, quer te mostrar mais. E mesmo que tu te percas e não saibas o que fazer, a lembrança do amor vai ver através de ti.

Oh, para uns, o amor é como uma nuvem, para outros, tão forte quanto o aço, para uns, um modo de viver, para outros, um modo de sentir. E alguns dizem que o amor é segurar-se [no sentido de se conter, de não se entregar, de não se render], e alguns que é abandonar-se [entregar-se, render-se por completo], e uns dizem que o amor é tudo, e outros dizem não saber. 

Talvez o amor seja como o oceano, cheio de conflitos, cheio de dor, como uma fogueira, quando faz frio lá fora, trovoada quando chove. Se eu tiver de viver para sempre e todos os meus sonhos se tornarem realidade, minhas lembranças do amor serão de Ti.

Acho que vale a pena ouvir a música de novo e ver as imagens no link abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=3YnfCH7LNcM

De novo, isto me lembra também de outra música. Esta, cantada na Igreja em algumas missas aos domingo, que afirmava: "Deus é amor e quem ama permanece em Deus". Não lhes parece que isso tudo só faz com que nossa Identidade verdadeira seja reafirmada?

OBSERVAÇÃO: O comentário acima, com algumas alterações mínimas é praticamente o mesmo feito para esta mesma lição em anos anteriores. Acho que vale relê-lo e refletir.

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