domingo, 6 de setembro de 2015

Aprender a olhar com compaixão para nós mesmos


LIÇÃO 249

O perdão põe fim a todo sofrimento e a toda perda.

1. O perdão pinta um quadro de um mundo no qual o sofrimento acabou, a perda passou a ser impossível e a raiva não faz nenhum sentido. O ataque acabou e a loucura tem um fim. Que sofrimento é concebível agora? Que perda pode ser mantida? O mundo se torna um lugar de alegria, de abundância, caridade e doação infinita. Agora ele é tão parecido ao Céu que rapidamente se transforma na luz que reflete. E, deste modo, a jornada que o Filho de Deus começou termina na luz da qual ele veio.

2. Pai, queremos devolver nossas mentes a Ti. Nós as traímos, mantendo-as em um laço apertado de amargura e as amedrontamos com pensamentos de violência e de morte. Agora queremos descansar em Ti mais uma vez, assim como Tu nos criaste.

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 249

Lembremo-nos mais uma vez da lição que praticamos há pouco e que nos dava a condição de cegos. Sem o perdão. No comentário feito a ela, chamei a atenção para o tema que é central e recorrente em todas as lições, assim como é o ponto central e vital do ensinamento de Jesus, que quer lá, há mais de dois mil anos, quer cá no momento presente via Um Curso em Milagres: o perdão. Que vamos exercitar mais uma vez hoje.

Perdoa e verás tudo de modo diferente. É a partir de uma lição anterior, já lembrada, que podemos, mais uma vez, enriquecer as práticas da ideia de hoje.

A lição deste dia traz consigo uma oração que podemos usar para, com ela, manifestar o desejo de devolver nossas mentes a Deus, já que não sabemos o que fazer com elas e as usamos de forma equivocada para criar experiências de dor, de sofrimento, de violência e de morte, em função de as usarmos para o julgamento de nós mesmos e de tudo e de todos no mundo.

Ora, como já disse outras vezes, um dos aspectos mais importantes práticas diárias é elas permitirem que exercitemos a compaixão para com nós mesmos, para com tudo e todos e para com o mundo inteiro. De acordo com o que diz Thomas Keating, no livro Invitation to Love [Convite ao Amor], "muitas pessoas chegam à auto-consciência de si mesmas com baixa auto-estima e [por isso] sofrem de vários níveis de ódio a si mesmas". Por terem feito isto, ou por terem deixado de fazer isto. Por não terem feito aquilo, ou por terem feito aquilo, e assim por diante.

Para ele, "este estado de espírito é orgulho invertido. Em lugar de buscarem auto-glorificação, essas pessoas se degradam porque não se sentem à altura da imagem de perfeição idealizada que sua auto-imagem exige. Quando deixam de atender a esse padrão impossível, o orgulho, não Deus, diz: 'Tu não vales nada!' Então, elas sentem vergonha por não estarem à altura de suas próprias expectativas elevadas que sua educação, cultura, ou impulso para super-conquistas criaram".

A ideia para as práticas de hoje vem exatamente atender a esta necessidade: a de que olhemos com mais compaixão, não só para os que vivem perto de nós e para o mundo todo, mas igual e particularmente para nós mesmos. Perdoando-nos por todo e qualquer equívoco, vendo o equívoco, seja ele qual for, apenas como um passo em nossa jornada, vamos poder abandonar a ideia do sofrimento como um "mal necessário" e vamos aprender que não há perda e que não há falta. Isto é, conforme o Curso ensina, tudo aquilo que nos falta é apenas aquilo que não estamos dando.

Às práticas?

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