quarta-feira, 22 de julho de 2015

A atenção mantida na Luz interior aquietará o ego


LIÇÃO 203

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (183) Invoco o Nome de Deus e o meu próprio nome.

O Nome de Deus é minha liberação de todo pensamento de mal e de pecado, porque é meu próprio nome assim como o d'Ele.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 203

Lembram-se de que já me referi no passado a um livro de Thomas Keating, intitulado A condição humana? Acho que vale a pena relembrar o que eu disse que ele tinha a nos ensinar na ocasião em que falei dele. E, com certeza, em sintonia com o que o Curso quer que aprendamos, a partir das práticas com a lição de hoje, bem como com as práticas de todos os dias. 

A certa altura de seu livro, falei naquela oportunidade, Keating diz que quem está envolvido em uma prática espiritual precisa de orientação e que "nem todo guia espiritual que aparece pode oferecê-la. O mais importante é a fidelidade à prática diária de uma forma contemplativa de oração" [o grifo é meu]. Não é isso o que lhes parece que são os exercícios?

À medida que buscamos nos lembrar de quem somos, na verdade, em Deus, o autor diz que a prática diária "gradativamente nos expõe ao inconsciente em um ritmo com que podemos lidar, e [nos] coloca... sob a orientação do Espírito Santo. O amor divino prepara-nos, então, para receber o máximo que Deus pode comunicar de sua luz interior".

Assim, resta lembrar que a ideia que praticamos hoje chama a atenção para o fato de que, ao invocar o Nome de Deus, reconhecemos que "o mesmo amor incondicional, que se move em Deus, está se movendo em nós pela Graça, suplantando o ego humano com o divino 'Eu'", para que possamos começar a "manifestar na vida diária, não nossos falsos egos e preconceitos, mas a ternura infinita de Deus, o interesse de Deus por cada coisa viva", de acordo com Keating.

E, ainda de acordo com o que ele diz, "enquanto nos identificarmos com algum papel ou pessoa, não estaremos livres para manifestar a pureza da presença de Deus. Parte da vida é um processo de abandonar qualquer papel, embora digno, com que você se identifica. Ele [o papel com o qual você se identifica] não é você. Suas emoções não são você. Seu corpo não é você. Se você não é nada disso, que é você", então? 

Para quem esteve no encontro de ontem à noite, no grupo de estudos, é muito interessante perceber a sintonia que se apresenta e que podemos perceber como um complemento daquilo de que falamos durante o tempo em que estivemos juntos ontem. 

Quer dizer, para quem está lembrado, o que temos aqui é apenas um outro modo de dizer que o ego só aparece quando nos esquecemos de trazer a ele a Luz do divino que sabemos em nós. E mais: a necessidade da atenção, da vigilância, para que não nos deixemos enganar pelo ensinamento do mundo, para que não nos deixemos tentar a dar valor àquilo que não tem valor, como ensina uma das lições por que já passamos.

E, para terminar este comentário da mesma forma que fiz no passado, chamo sua atenção para o seguinte: "se nós [ainda] não tivermos experimentado a nós mesmos como amor incondicional, temos mais trabalho a fazer - porque isso [amor incondicional] é o que realmente somos".

Às práticas, pois!

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