domingo, 14 de dezembro de 2014

O que pode nos satisfazer senão a Presença?


LIÇÃO 348

Não tenho nenhum motivo para raiva ou medo,
Pois Tu me envolves. E, em cada necessidade
Que percebo, Tua graça me satisfaz.

1. Pai, deixa que eu me lembre de que Tu estás aqui e de que não estou sozinho. O Amor eterno me envolve. Não tenho nenhum motivo para nada a não ser para a paz e para a alegria perfeitas que compartilho Contigo. Que necessidade tenho da raiva ou do medo? A segurança total me envolve. Posso ter medo, se Tua promessa eterna vai comigo? A inocência perfeita me envolve. O que posso temer, se Tu me criaste na santidade tão perfeita quanto Tua Própria Santidade?

2. A graça de Deus nos satisfaz em tudo o que Ele quer que façamos. E escolhemos só ela para ser nossa vontade assim como a d'Ele.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 348

A ideia que vamos praticar hoje deve servir para que nos lembremos de que, como eu já disse antes, nenhum de nós em tempo algum tem motivos para sentir raiva ou medo, se aprender a olhar para dentro à procura da centelha divina que o move e dá razão e sentido para seu viver, para seu aparente estar-no-mundo. É em contato com a centelha divina em nós que podemos dizer, em sintonia com a ideia para as práticas de hoje: 

Não tenho nenhum motivo para raiva ou medo,
Pois Tu me envolves. E, em cada necessidade
Que percebo, Tua graça me satisfaz.

É só a graça do divino em nós que pode nos satisfazer por completo. É ela que pode nos dar a consciência de que nunca estamos sozinhos e que estamos permanente e constantemente envolvidos pelo amor, pois tudo o que somos é amor. Mas precisamos nos abrir à lembrança de Deus em nós para podermos dizer:

Pai, deixa que eu me lembre de que Tu estás aqui e de que não estou sozinho. O Amor eterno me envolve. Não tenho nenhum motivo para nada a não ser para a paz e para a alegria perfeitas que compartilho Contigo. Que necessidade tenho da raiva ou do medo? A segurança total me envolve. Posso ter medo, se Tua promessa eterna vai comigo? A inocência perfeita me envolve. O que posso temer, se Tu me criaste na santidade tão perfeita quanto Tua Própria Santidade?

Não estamos sozinhos e, todavia, estamos sozinhos, a se pensar que não há nada fora de nós. A diferença é que reconhecer e aceitar que não há nada fora é ver-se sozinho em Deus, n'Ele, com Ele. Pois o que somos com e em Deus é tudo o que existe. E quem poderia experimentar algum tipo de solidão com a certeza de que aquilo que ele é serve para tornar o Próprio Deus completo? Lembram-se de que há um ponto do texto, em que o ensinamento nos convida, caso nos sintamos, em qualquer momento, de algum modo, inferiorizados, a repetir a seguinte frase: O Próprio Deus é incompleto sem mim. O que nos dá a verdadeira dimensão do que somos.

Que podemos querer além de voltar à Presença de Deus? Haverá qualquer coisa no mundo que possa nos satisfazer por completo? Algo que dure por toda a eternidade? É claro que todos nós sabemos a resposta a estas perguntas. No entanto, como vimos na lição de ontem, a exemplo daquilo que Paulo diz no Novo Testamento,  muitas vezes fazemos aquilo que não queremos - aquilo que nos afasta da paz e da alegria -, em lugar de fazer o que queremos verdadeiramente.

É por isso que precisamos nos dedicar às práticas e dar a elas toda a atenção de que somos capazes, para que, em algum momento, possamos ter internalizada em nós a certeza de que:

A graça de Deus nos satisfaz em tudo o que Ele quer que façamos. E escolhemos só ela para ser nossa vontade assim como a d'Ele.

Só a partir desta certeza interior é que vamos viver a vida sendo a manifestação do divino, para cumprir a parte que nos toca na salvação do mundo. 

Às práticas?

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