domingo, 27 de julho de 2014

Aprendendo a desfazer a complexidade da vida


LIÇÃO 208

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (188) A paz de Deus brilha em mim agora.

Vou me aquietar e deixar que a terra se aquiete comigo. E, neste silêncio, encontraremos a paz de Deus. Ela está dentro do meu coração, que dá testemunho do Próprio Deus.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 208

A ideia que vamos praticar hoje, como já disse alguma vezes antes, pode nos ajudar a aprender a salvação, a vivê-la e a estendê-la ao mundo, livrando-nos de todos os equívocos e permitindo que a luz de Deus brilhe sobre cada um e sobre todos nós. Aliás, isto é o que cada uma das ideias que praticamos nesta revisão pode fazer, se aprendida, aceita e aplicada, conforme o Curso nos diz.

Para reaproveitar ainda uma vez mais o comentário feito a esta lição anteriormente gostaria de convidá-los a pensarem de novo na seguinte frase: 

"A vida é muito simples." 

O que isto lhes diz, se lhes diz alguma coisa? Parece verdade? Parece com a experiência que vivem? Ou é exatamente o contrário? 

"A vida é muito simples."

Parece-lhes muito ingênuo dizer isto?
  
Na verdade, a partir do que sabemos de tudo o que recebemos como legado de inúmeros mestres, a vida é, de fato, muito simples. Nós é que a complicamos. É o que dizem todos, ou quase todos os que viveram sua vida de maneira simples. Ou os que a vivem ainda hoje de forma simples, com simplicidade. A questão é que, de modo diferente daquele que ensinam os mestres, cada um de nós complica a vida a sua própria maneira. 

Fazendo dela um bicho-de-sete-cabeças, damos à vida uma complexidade que ela, absolutamente, não tem, se prestarmos atenção verdadeira a suas manifestações e desdobramentos. 

A vida só quer ser o que é, cumprir seu papel, e é isso o que ela faz, diferentemente da maioria de nós, que se sente paralisada com apenas a menção de que é preciso antes de tudo ser, ou de agir no mundo a partir do que se é. Afinal, alguém sabe dizer o que somos? 

A vida sempre cumpre seu papel independentemente daquelas dificuldades que atribuímos a seu desdobrar-se. Não há dificuldades para ela. Tudo e todos fazem parte do que ela é. Da mesma forma que tudo e todos são partes do que somos, na verdade.

Entretanto, naquilo que nos diz respeito, as coisas são diferentes. Muitas vezes, por medo de manifestar o que somos, ou por medo de ser aquilo que acreditamos ser no mais íntimo de nós mesmos, nós nos negamos o direito de ser e, por consequência, negamos a vida que vibra em nós e que quer se manifestar. Quer ser apenas a manifestação da alegria, que é a verdadeira característica daquilo que somos.

Negando a vida a nós mesmos, passamos a cultivar, ao mesmo tempo, um medo e um desejo mórbidos de morte em qualquer das formas que acreditamos que ela se apresente. Matamo-nos uns aos outros e a nós mesmos das mais variadas maneiras.

Em nome do orgulho, como eu já disse também em anos passados, deixamos de estender a mão a quem precisa receber algum conforto de nós. Em nome do medo, deixamos de nos mostrar, defendendo-nos constante e continuamente daquilo a que chamamos de ataques, mas que não passam de pedidos de ajuda. 

Como o Curso ensina qualquer ataque é um pedido de ajuda, um pedido de atenção e de amor, que nos pede para mudarmos a forma de ver o mundo. Pede que mudemos nossa maneira de criar e de construir o mundo, nosso modo de nos relacionarmos com o mundo para que ele possa experimentar a paz e a luz de Deus.

Vamos pensar nisso durante as práticas de hoje?

Um comentário:

  1. Aos poucos, o desejo de" ter mais" vai sendo substituído em gratidão por aquilo que já temos. A intervenção de um plano superior está operando na nossa vida diária. Esses pedidos constantes para libertarmos dos impulsos do ego e tornarmos receptivos às condições naturais da criação, começam a dar forma a nova vida que nasce. Dedicando-se às instruções que o curso propõe, novas idéias e inspirações vão aparecendo para orientar tomadas de decisões nas mais simples circunstâncias diárias. Só assim ,a confiança em um poder maior cresce em nossa mente. Quanto mais meditamos sobre as lições propostas mais elas vão ficando gravadas em nossas mentes e mudanças significativas começam ocorrer nas relações, gerando harmonia ,alegria e liberdade .
    Antigas limitações vão enfraquecendo-se e temos certeza de que estamos dando passos em direção a verdadeira natureza do nosso SER. Temos que nos manter firmes nas lições e orientações do Curso ,seguindo as instruções com fé e mantendo o contato com "Aquele " que as transmite.

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