sábado, 8 de fevereiro de 2014

O fim da jornada leva a conhecer de fato quem sou


LIÇÃO 39

Minha santidade é minha salvação.

1. Se a culpa é o inferno, qual é o oposto dela? Da mesma forma que o texto para o qual este livro de exercícios foi escrito, as ideias para os exercícios são muito simples, muito claras e totalmente inequívocas. Não estamos interessados em proezas intelectuais nem em jogos de lógica. Lidamos apenas com o verdadeiramente óbvio, que passa despercebido nas nuvens de complexidade nas quais pensas que pensas.

2. Se a culpa é o inferno, qual é o oposto dela? Isto não é difícil, certamente. A hesitação que podes sentir para responder não se deve à ambiguidade da pergunta. Mas tu acreditas que a culpa é o inferno? Se acreditasses, verias imediatamente o quanto o texto é direto e simples, e não precisarias absolutamente de um livro de exercícios. Ninguém precisa praticar para adquirir o que já é seu.

3. Já dissemos que tua salvação é a salvação do mundo. E qual é a novidade a respeito de tua própria salvação? Tu não podes dar aquilo que não tens. Um salvador tem de estar salvo. De que outro modo ele poderia ensinar a salvação? Os exercícios de hoje se aplicarão a ti, reconhecendo que tua salvação é vital para a salvação do mundo. Enquanto aplicas os exercícios ao teu mundo, todo o mundo é beneficiado.

4. Tua santidade é a resposta para todas as perguntas que já foram feitas, que estão sendo feitas agora, ou que serão feitas no futuro. Tua santidade significa o fim da culpa e, portanto, o fim do inferno. Tua santidade é a salvação do mundo e a tua própria. Como poderias tu, aquele a quem tua santidade pertence, ser excluído dela? Deus não conhece o imperfeito. É possível que Ele não conheça Seu Filho?

5. Insiste-se em cinco minutos completos para os quatro períodos mais longos de prática de hoje e se encoraja sessões de prática mais demoradas e frequentes. Se quiseres ultrapassar as solicitações mínimas, recomenda-se um número maior de sessões em lugar de sessões mais longas, embora se sugira ambas.

6. Começa o período de prática, como de costume, pela repetição da ideia para ti mesmo. Em seguida, de olhos fechados, descobre teus pensamentos não-amorosos em qualquer forma que se apresentem: inquietação, depressão, raiva, medo, angústia, insegurança e assim por diante. Seja qual for a forma que tomem, eles não são amorosos e são, portanto, amedrontadores. E é deles, então, que precisas ser salvo.

7. Situações específicas, acontecimentos ou pessoas que associas a qualquer tipo de pensamentos não-amorosos são sujeitos adequados para os exercícios de hoje. É imprescindível que os vejas de modo diferente para tua salvação. E é tua bênção sobre eles que te salvará e que te dará a visão.

8. Devagar, sem escolha consciente e sem ênfase particular indevida a qualquer um deles examina tua mente em busca de cada pensamento que se interpõe entre tua salvação e tu. Aplica a ideia para hoje a cada um deles deste modo:

Meus pensamentos não-amorosos a respeito de ________ estão me
mantendo no inferno. Minha santidade é minha salvação.

9. É possível que aches estes períodos de prática mais fáceis se os intercalares com vários períodos breves durante os quais apenas repetes lentamente a ideia de hoje para ti mesmo algumas vezes. Também podes achar útil incluir alguns breves intervalos nos quais apenas relaxas e pareces não pensar em nada. No início é muito difícil concentração prolongada. Ela virá a ser mais fácil quanto tua mente se tornar mais disciplinada e menos passível de distração.

10. Enquanto isso, deves te sentir livre para introduzir variações nos períodos de exercícios de qualquer forma que te agrade. Contudo, ao modificares o método de aplicá-la, não mudes a ideia em si. De qualquer modo que escolhas usá-la, a ideia deve ser declarada de maneira que seu significado seja o fato de que tua santidade é tua salvação. Conclui cada período de prática com a repetição da ideia em sua forma original mais uma vez, e acrescentando:

Se a culpa é o inferno, qual é o oposto dela?

11. Nas aplicações mais breves, que devem ser feitas cerca três ou quatro vezes por hora, e mais se possível, podes fazer esta pergunta a ti mesmo, repetir a ideia de hoje, e ambas de preferência. Se surgirem tentações, uma forma particularmente útil da ideia é:

Minha santidade é minha salvação disto.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 39


Hoje, a ideia que vamos explorar diz:

"Minha santidade é minha salvação."

Os que estão atentos hão de ter notado que, desde a lição 35, estamos aprendendo e praticando reconhecer a santidade em nós, em cada um e em todos nós, e a aplicá-la a tudo e a todos à volta de nós, para que tudo se torne uma bênção e possamos viver a experiência de um mundo abençoado, um mundo perdoado de todos os equívocos e erros que escrevemos sobre ele. 

É claro que, como o Curso ensina, este aprendizado faz parte do desfazer daquilo que o mundo nos ensinou até agora a nosso próprio respeito, tentando nos fazer acreditar que somos pecadores e carregamos a culpa pela crucificação. Ora, só podemos crucificar a nós mesmos. E ninguém tem de carregar nenhuma cruz para chegar à Expiação. Basta reconhecermos que ainda somos como Deus nos criou, estendendo este reconhecimento a todos e a cada um dos que cruzam o nosso caminho,

A lição de hoje é última, neste série, que vai falar disso desta forma. "Cada lição nos apresenta um desafio e um milagre", diz Tara Singh. O desafio que esta nos traz se apresenta já na pergunta inicial:


Se a culpa é o inferno, qual é o oposto dela?...

Esta pergunta vai se repetir algumas vezes ao longo do texto utilizado para apresentar a lição, para que aceitemos o desafio e nos entreguemos ao milagre que há na verdade eterna das palavras da lição.

Continuando:


Se a culpa é o inferno, qual é o oposto dela? Da mesma forma que o texto para o qual este livro de exercícios foi escrito, as ideias para os exercícios são muito simples, muito claras e totalmente inequívocas. Não estamos interessados em proezas intelectuais nem em jogos de lógica. Lidamos apenas com o verdadeiramente óbvio, que passa despercebido nas nuvens de complexidade nas quais pensas que pensas.

Porque, na verdade, não lidamos com nada complicado, complexo, ambíguo ou de algum modo ardiloso. Não estamos entrando em terreno de areia movediça. Podemos caminhar tranquilamente. No entanto, como o Curso ensina, nossa maior dificuldade está sempre, ou quase sempre, em lidar com o óbvio. É o óbvio que nos incomoda, não o complicado, o complexo.

Duvidam? Não lhes parece que é assim? Não? Mesmo?

Vejamos, então. Suponhamos que um amigo, ou amiga, aprontou. Ele, ou ela, fez alguma coisa que em seu entender é "imperdoável", algo que jamais poderia ter feito, se fosse de fato seu/sua amigo(a). Sentindo-se culpado(a), ele(a) vem pedir desculpas, perdão. 

O que você faz?

O óbvio é desculpar, perdoar. Dizer-lhe que não foi nada, que nada aconteceu e que o que importa é a amizade - o amor - que os une.

Minha santidade é minha salvação.

O óbvio é isso! Quantos de nós se dispõem a um comportamento desses? Em geral, ficamos "de mal", "riscamos a pessoa de nosso caderno", ou a pomos numa "lista negra", reservada para todos aqueles que nos magoaram, ou que deixaram de atender as nossas expectativas. Todos aqueles que não se sujeitaram a caber dentro da caixinha e ousaram contrariar nosso modo de pensar.

Isto não é o inferno? Não é isto que nos mantém aprisionadas na culpa, longe e separados das pessoas, sem contato com aquilo que somos, ansiando pelo revide, pela vingança. Dar o troco é tudo o que queremos. E inúmeras vezes fingimos perdoar, desculpar, para aguardar pela oportunidade de devolver o golpe que sofremos. É isto que alimenta e reforça a crença na separação. E nos mantém afastados da santidade.

Vamos um pouco mais adiante, repetindo a pergunta inicial antes de dar um novo passo:


Se a culpa é o inferno, qual é o oposto dela? Isto não é difícil, certamente. A hesitação que podes sentir para responder não se deve à ambiguidade da pergunta. Mas tu acreditas que a culpa é o inferno? Se acreditasses, verias imediatamente o quanto o texto é direto e simples, e não precisarias absolutamente de um livro de exercícios. Ninguém precisa praticar para adquirir o que já é seu.

Quantos de nós sentem prazer na culpa? Um prazer gerado por aquilo a que o Curso chama de "a atração da culpa". É essa atração que nos coloca, vezes sem conta, na posição de vítimas. A partir dessa posição, exclamamos: "Ah, meu Deus, por que eu? Por que isso aconteceu comigo"?

Perguntemo-nos como convida a lição: "Eu acredito que a culpa é o inferno"? Estamos certos de que queremos abandonar o inferno em que a culpa nos coloca? Ou desenvolvemos, em sintonia com "o grande impostor", um certo gosto pela vida [?] no inferno?

Minha santidade é minha salvação.

Ora, já não é mais do que óbvio que minha salvação só pode vir de minha santidade?

Mas eu a reconheço? Quantas vezes por dia, por semana, por mês, ou por ano eu me volto para dentro de mim para me lembrar de que sou santo?

Continuemos a prestar atenção ao que nos diz o exercício:

Já dissemos que tua salvação é a salvação do mundo. E qual é a novidade a respeito de tua própria salvação? Tu não podes dar aquilo que não tens. Um salvador tem de estar salvo. De que outro modo ele poderia ensinar a salvação? Os exercícios de hoje se aplicarão a ti, reconhecendo que tua salvação é vital para a salvação do mundo. Enquanto aplicas os exercícios ao teu mundo, todo o mundo é beneficiado.

Ah... Existe a necessidade do reconhecimento de minha santidade. Pois, se é que o mundo precisa ser salvo, e se sou eu, pela santidade em mim, que posso - devo e vou - salvá-lo, preciso me apossar, isto é, trazer a santidade a minha consciência e mantê-la aí. Só assim vou poder ver a santidade do mundo, e de tudo e de todos os que o povoam, salvando-os. Reconhecer e aceitar minha santidade, aplicando-a a mim mesmo e a tudo o que penso de mim, me salva. E, quando sei que estou salvo, sei que o mundo todo está salvo comigo.

Minha santidade é minha salvação.

Voltemos nosso olhar para um último ponto a que precisamos dar particular atenção:


Tua santidade é a resposta para todas as perguntas que já foram feitas, que estão sendo feitas agora, ou que serão feitas no futuro. Tua santidade significa o fim da culpa e, portanto, o fim do inferno. Tua santidade é a salvação do mundo e a tua própria. Como poderias tu, aquele a quem tua santidade pertence, ser excluído dela? Deus não conhece o imperfeito. É possível que Ele não conheça Seu Filho?

Como podemos perceber, a resposta para todas as questões está em nós mesmos e, quase sempre, nas próprias perguntas que fazemos. Pois, diferentemente do que o ego ensina, as respostas que obtemos das experiências pelas quais passamos não são tão importantes quanto as novas perguntas que suscitam.

Atentemos, pois, a todas as instruções que a lição nos oferece para chegarmos a práticas mais eficazes e benéficas, lembrando-nos de que a única pergunta que precisamos fazer, a pergunta que vai nos levar adiante até alcançarmos a meta que o Curso propõe e se dispõe a nos auxiliar a alcançar é:

"Quem sou?"


Quando formos capazes de dar uma resposta a esta pergunta, não com palavras, mas sim por termos chegado a conhecer inteiramente "aquele" que faz a pergunta, por termos conhecido, em nós, Aquele que a pode responder e a responde, sem necessidade de palavras, teremos chegado ao fim desta jornada que não tem distância, como ensina o Curso.
 

Um comentário:

  1. UAU !!! Esta está DEMAIS !!! Acho que gostaria de tê-la em neon piscante, rs...mas vou me contentar em imprimi-la e ler e reler zilhões de vezes.

    Super beijo e obrigadíssima, Moisés

    Bjs também aos outros colegas de jornada

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