quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Deixar de viver sob a "autoridade do pensamento"


LIÇÃO 2

Eu dou a todas as coisas que vejo neste quarto [nesta rua, desta janela, neste lugar]
todo o significado que têm para mim.

1. As práticas com esta ideia são as mesmas que aquelas com a primeira. Começa com as coisas que estão perto de ti e aplica a ideia a qualquer coisa sobre a qual teu olhar pouse. Depois, amplia o alcance para fora. Vira a cabeça para incluir o que quer que esteja em qualquer um dos lados. Se possível, vira-te e aplica a ideia àquilo que estava atrás de ti. Continua, tanto quanto possível, a não fazer distinção quando escolheres os sujeitos para a aplicação da ideia; não te concentres em nenhuma coisa em particular e não tentes incluir tudo o que vês em uma área determinada, ou introduzirás tensão.

2. Olha simplesmente com naturalidade e com razoável rapidez ao teu redor, tentando evitar a escolha por tamanho, brilho, cor, material ou pela importância relativa para ti. Escolhe os objetos simplesmente quando os vires. Tenta aplicar o exercício com igual facilidade a um corpo ou a um botão, uma mosca ou um piso, um braço ou uma maçã. O único critério para a aplicação da ideia a qualquer coisa é simplesmente que teus olhos a tenham encontrado. Não faças nenhuma tentativa de incluir qualquer coisa em particular, mas certifica-te de que nada seja excluído de forma específica.

*

COMENTÁRIO: 

E então, gostaram de (re-)explorar a primeira lição com Tara Singh? Prontos para a segunda? É o que vamos fazer hoje, mais uma vez


Explorando a LIÇÃO 2

"Eu dou a todas as coisas que vejo neste quarto, [nesta rua, desta janela, neste lugar]
todo o significado que têm para mim."

As práticas com esta ideia são as mesmas que aquelas com a primeira. Começa com as coisas que estão perto de ti e aplica a ideia a qualquer coisa sobre a qual teu olhar pouse. Depois, amplia o alcance para fora. 

Teus olhos veem uma árvore - mas a árvore é somente teu conceito de algo que cresce e abriga vida. Tu lhe dás o nome de "árvore". Tu vês que ela é uma bela árvore, ou que ela tem frutos, e aprendes a respeito dela. Isso é parte da função de teu cérebro.

Mas a visão não vê a árvore. A visão só vê a totalidade. Ela não pode separar a árvore de qualquer outra coisa. Só o cérebro dá nomes a coisas diferentes.

Nós vemos a partir do pensamento. O pensamento tem desejos e problemas. A visão não. A questão é, então, ser liberado do pensamento que projetamos. Ele não faz parte da criação. Deus não criou o pensamento; Deus criou a visão.

Como podes te libertar do pensamento? Tu precisas do Espírito Santo para sair do mundo do pensamento projetado e desfazer aquilo que não tem significado. Querer que o Espírito Santo resolva teus problemas, no entanto, é a premissa errada. Para o Espírito Santo, os problemas não existem. Se quiseres estabelecer contato com o Espírito Santo, tens de desfazer teus próprios problemas.

Podes tomar a decisão de não permitir nunca que teu pensamento projetado te governe? Quando tens verdadeiramente a intenção de ver a falta de significado do pensamento, o Espírito Santo já está te liberando e te trazendo à visão. Mas, se estiveres satisfeito no ponto aonde estás, então não precisas do Espírito Santo.

Não podes te aproximar do Espírito Santo querendo alguma coisa porque o Espírito Santo desfaz qualquer coisa que queiras. Podes pensar: "Agora tenho alguém a minha disposição". Não. O Espírito Santo não é um garoto de recados. Ele não vai aumentar teu sofrimento; para começar é tua carência que te prendeu na armadilha. Se realmente invocares o Espírito Santo, podes continuar a viver com teus valores antigos? O Espírito Santo dissipa as ilusões de querer e de ver. Quando valorizas a visão acima de qualquer coisa, o Espírito Santo está presente. Tua própria disposição de desfazer O convida.

Podes perceber que, para se relacionar com o Espírito Santo, já deve ter havido uma mudança de valores dentro de ti? Tu estás deixando o mundo para trás por desfazê-lo.

Porém, a menos que ponhamos energia nisso, não seremos receptivos ao desfazer. Vivemos no nível da dualidade - do gostar e do não gostar, "quero isto" e "não quero aquilo". Quanto do mundo teremos de deixar para trás para descobrir que na realidade não existem árvores separadas, religiões separadas, nacionalidades separadas. À medida que nos movemos na direção do reconhecimento de nós mesmos tal qual Deus nos criou, o Espírito Santo já está aí, já está ajudando.

Lembra da Lição 1: Nada do que vejo... significa coisa alguma. Protestamos: "Tenho de justificar minha visão. Minha visão dá significado a minha existência. Como vou viver no mundo. Como posso lidar com a questão do medo"? Estas questões estão além do gostar e do não gostar. A premissa fundamental de tudo o que fazemos é medo e insegurança. A questão central é a sobrevivência.

Justificamos ver tudo em termos de nossa sobrevivência. Damos autoridade ao cérebro - ao corpo - e ignoramos o espírito. Este é o erro que o Espírito Santo corrige.


Eu dou a todas as coisas que vejo... todo o significado que têm para mim.

Podes aceitar a verdade disto? Quando fores liberado da limitação de ver, deixarás para trás a própria condição corporal. Então, apesar de o corpo não mais te controlar, o Cristo em ti ainda precisa de teu corpo para trazer a luz do Céu à terra.

Podes olhar além do corpo de uma pessoa e reconhecer o Cristo nela? Teus olhos físicos não podem fazer isso; só a visão pode. Então, vês o que Deus criou, e a questão do perdão nem ao menos surge. Tu queres realmente, mais do que qualquer outra coisa, ir além da limitação da visão física?


Eu dou a todas as coisas que vejo... todo o significado que têm para mim.

O ver com os olhos físicos pode ser chamado de julgamento.Temos uma opinião acerca de todas as coisas que vemos, e toda opinião é uma forma de julgamento. "Isto é meu, aquilo é dela. Lavarei meus pratos, mas não lavarei os teus." O "eu" é falso. Uma vez que o falso "eu" dá significado, o que ele vê não tem significado.

No fim, vamos perceber com clareza que aquilo a que damos significado não tem absolutamente nenhum significado. Ver o que é sem significado te liberta.

Viramos as coisas de cabeça para baixo. Não queremos deixar para trás; queremos buscar. Mas é desnecessário buscar. Deixar para trás é a única coisa que importa.

Tu não podes fugir do desfazer. E, para desfazer, precisas do Espírito Santo, que não atende a nenhum outros propósito. Quando estás disposto a te conhecer - e conhecer a ti mesmo é conhecer Deus - precisas desfazer e eliminar todas as tuas pressuposições, todas as tuas opiniões, todos os teus saberes, todas as coisas de que não gostas, e todas as coisas de que gostas. Tudo.

Quanto mais atenção deres ao desfazer, tanto mais energia receberás. Tens de te recusar a concluir que é inútil. No momento em que concluíres, mais uma vez adoras o pensamento. Dás significado ao sem significado, e somente tu podes parar isso. Se fores sério, não aceitarás tuas próprias conclusões; não viverás sob a autoridade do pensamento. Tu nunca mais declararás que alguma coisa é sem significado para acreditar que ela tem significado.

A visão é parte da realidade. Sua luz já inerente a teu interior. Uma vez que estejas liberado do pensamento, tua realidade é a luz. Na visão tu te tornas parte do todo - de todo o universo. Conflito, contradição, dualidade acabam. Existe apenas "aquilo que é".

Tu tens muito a desfazer antes de terminar a leitura desta segunda lição. Ela pode te trazer à visão, neste exato lugar, neste exato instante.  

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