domingo, 4 de março de 2012

Esquecer nossa função faz-nos escolher no escuro


LIÇÃO 64

Que eu não me esqueça de minha função.

1. A ideia de hoje é apenas outra maneira de dizer: "Não me deixes cair em tentação". A finalidade do mundo que vês é a de ocultar tua função de perdão e a de te oferecer uma justificativa para esquecê-la. É a tentação de abandonar a Deus e a Seu Filho assumindo uma aparência física. É para isto que os olhos do corpo olham.

2. Nada daquilo que os olhos do corpo parecem ver pode ser qualquer coisa que não uma forma de tentação, uma vez que este foi o objetivo do corpo em si mesmo. No entanto, aprendemos que o Espírito Santo tem outra aplicação para as ilusões que fazes e que, por esta razão, Ele vê outro objetivo nelas. Para o Espírito Santo, o mundo é um lugar aonde tu aprendes a te perdoar por aquilo em que pensas como sendo teus pecados. Sob este ponto de vista, a aparência física da tentação vem a ser o reconhecimento espiritual da salvação.

3. Para rever nossas últimas lições, tua função aqui é a de ser a luz do mundo, um papel que te foi dado por Deus. É apenas a arrogância do ego que te leva a questionar isto e apenas o medo do ego que te induz a te considerares indigno da tarefa que te foi designada pelo Próprio Deus. A salvação do mundo aguarda teu perdão, porque por meio dele o Filho de Deus escapa, de fato, de todas as ilusões e, assim, de todas as tentações. Tu és o Filho de Deus.

4. Só pela realização da função que Deus te deu serás feliz. Isto porque tua função é ser feliz pela aplicação do meio pelo qual a felicidade se torna inevitável. Não existe nenhuma outra forma. Por isto, cada vez que escolhes entre realizar ou não tua função, na verdade, escolhes entre ser feliz ou não.

5. Lembremo-nos disto hoje. Lembremo-nos disto pela manhã e novamente à noite, e ao longo do dia também. Prepara-te com antecedência para todas as decisões que tomarás, lembrando-te de que elas são, de fato, muito simples. Cada uma delas vai conduzir à felicidade ou à infelicidade. Pode realmente ser difícil tomar uma decisão tão simples? Não deixes que a forma da decisão te engane. A complexidade da forma não pressupõe a complexidade do conteúdo. É impossível que qualquer decisão sobre a terra possa ter um conteúdo diferente desta simples escolha. Esta é a única escolha que o Espírito Santo vê. Por isto, ela é a única escolha que existe.

6. Pratiquemos hoje, então, com estas ideias:

Que eu não me esqueça de minha função.
Que eu não tente substituir a de Deus pela minha.
Que eu perdoe e seja feliz.

Pelo menos uma vez hoje, dedica de dez a quinze minutos para refletir a respeito disto de olhos fechados. Pensamentos afins virão te ajudar, se te lembrares da importância vital de tua função para ti e para o mundo.

7. Nas aplicações frequentes da ideia de hoje ao longo do dia, dedica vários minutos a revisar estes pensamentos e, então, a pensar neles e em mais nada. Isto será difícil, particularmente no início, uma vez que não és perito na disciplina mental que isto exige. Podes precisar repetir: "Que eu não me esqueça de minha função" com frequência para ajudar a te concentrares.

8. Pede-se duas formas de prática nos períodos mais breves. Às vezes, faze os exercícios de olhos fechados, tentando te concentrar nos pensamentos que estás usando. Outras, mantém os olhos abertos depois de revisar os pensamentos e, em seguida, olha devagar e aleatoriamente a tua volta dizendo a ti mesmo:

Este é o mundo que tenho por função salvar.

*

COMENTÁRIO:

Neste domingo, dia 4 de março, o Curso oferece para as práticas uma ideia que aconselha a observarmos mais atentamente nossa tendência natural a escolher a tristeza, a dor, o sofrimento, a infelicidade, em lugar da paz, da alegria e da felicidade, que devem ser o estado natural do Filho de Deus, de acordo com o ensinamento.

O Curso aconselha, para as práticas de hoje, que a ideia seja repetida pelo menos três vezes, para que não nos esqueçamos de nossa função de perdoar o mundo e a nós mesmos. É a prática do perdão, a nós mesmos e a tudo e a todos no mundo, que vai nos mostrar que somos a luz do mundo e vai facilitar nossa tarefa de trazê-la e de oferecê-la a todas as mentes que ainda se acreditam separadas de Deus e, por isso, fragmentadas. 

Certamente será também muito proveitoso seguir a orientação de dedicar pelo menos uma vez no dia de dez a quinze minutos para refletir a respeito da ideia para as práticas. Isso vai permitir que nossa mente se abra para a energia do espírito que está pronta a vir em nosso auxílio, indicando-nos pensamentos e ações que podem nos levar mais perto da luz que somos e de onde viemos.

Repetindo em parte o comentário feito no ano passado, as práticas com esta ideia também são muito úteis para abrir nossos olhos às escolhas e decisões que temos de tomar a todo momento. É nossa atenção, voltada para a função que nos cabe no mundo, no momento de fazê-las ou tomá-las, que vai nos fazer perceber qual escolha é a apropriada, ou qual é a decisão certa. 

E mais uma vez: quaisquer sensações de dúvida, de incerteza, de incômodo ou perturbação, por mais leves que sejam, vão indicar que estamos nos esquecendo de perdoar, que estamos escolhendo no escuro, que estamos nos esquecendo de nossa função e de nossa condição de "luz do mundo".

Pratiquemos, pois, com toda a atenção de que formos capazes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário