quinta-feira, 22 de março de 2012

Denominamos realidade a uma construção mental


LIÇÃO 82

Revisaremos estas ideias hoje:

1. (63) A luz do mundo leva paz a todas as mentes pelo meu perdão.

Meu perdão é o meio pelo qual a luz do mundo encontra expressão por meu intermédio. Meu perdão é o meio pelo qual me torno consciente da luz do mundo em mim. Meu perdão é o meio pelo qual o mundo é curado juntamente comigo. Que eu perdoe o mundo, então, para que ele possa ser curado comigo.

2. As sugestões de formas específicas para a aplicação desta ideia são:

Que a paz se estenda de minha mente para a tua, [nome].
Eu compartilho a luz do mundo contigo, [nome].
Pelo meu perdão posso ver isto tal como é.

3. (64) Que eu não me esqueça de minha função.

Eu não quero me esquecer de minha função porque quero me lembrar de meu Ser. Não posso cumprir minha função se eu a esquecer. E, a menos que eu cumpra minha função, não experimentarei a alegria que Deus pretende para mim.

4. Formas específicas adequadas desta ideia incluem:

Que eu não utilize isto para esconder minha função de mim.
Quero usar isto como uma oportunidade para cumprir minha função.
Isto pode ameaçar meu ego, mas não pode alterar minha função de modo algum.

*

COMENTÁRIO:

Nesta quinta-feira, dia 22 de março, nossa atenção se volta para as práticas da segunda das lições de revisão das últimas vinte ideias que praticamos até a última segunda-feira. Se estiverem bem lembrados da introdução a este período, vamos rever duas ideias a cada dia, reservando parte do tempo de prática para uma e parte para outra.

Todas as ideias que praticamos até aqui, e também as que ainda vamos praticar, são importantes para nosso aprendizado, na caminhada em direção do autoconhecimento. Isto, porém, não significa dizer que chegaremos com ele a um conhecimento objetivo de nós mesmos e sim à transcendência daquilo a que chamamos "eu", que só nos pode mostrar uma realidade subjetiva, imperfeita e impermanente. É por isso que chegar a tal conhecimento pressupõe o abandono da lógica do intelecto, o abandonos dos "ismos", que são partes do sistema ilusório de pensamento do falso eu.

Por isso, parafraseando mais uma vez Karen Armstrong em seu livro Em defesa de Deus, precisamos ter sempre em mente que aquilo a que chamamos realidade é algo construído pela mente, e todo o conhecimento humano é, por conseguinte, uma interpretação, e não a aquisição de informações precisas e objetivas. Assim, nenhuma visão pode ser soberana, pois nosso conhecimento é relativo, subjetivo e falível, e não certo e absoluto, e, neste mundo de interpretações,  a verdade é inerentemente ambígua.

As ideias que revisamos hoje buscam nos lembrar de que a luz do mundo tem por papel levar a paz a todas as mentes por meio do perdão e de não nos esquecermos de nossa função, na condição de luz do mundo. É por esta razão que nossas práticas têm de ter bem claro e buscar deixar bem claro para todos que, ainda segundo Armstrong, "não existem ideologias que [reflitam] condições exteriores, o mundo é profundamente afetado pela ideologia que lhe impomos".

Às práticas?

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